terça-feira, 16 de agosto de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 16 DE AGOSTO DE 2016

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

VICISSITUDE DO GOVERNO É AMPLIAR TRIBUTOS.

Nobres:

Será que a única solução para o governo é a permanente elevação de tributos onerando a capacidade dispendiosa para a maioria do cidadão que se cala diante dessa situação num puro compartilhamento dessa safadeza. Temos conhecimento do mais rude e ignorante que seja no exercício de cidadania, que é do Estado à função de permitir que o indivíduo, por seu trabalho, produza riqueza, gere lucro e crie empregos. E, em razão do desempenho dessas tarefas, ao poder público cabe financiar-se por meio dos tributos. Ou seja, ele cobra um “preço” visando a assegurar o direito de o cidadão exercer direitos. Ocorre, contudo, que o que estamos assistindo na realidade brasileira atual é a cobrança de um “preço” manifestamente abusivo pela nossa liberdade. Estamos pagando uma conta visivelmente desproporcional por aquilo que recebemos de contraprestação do Estado. E o pior: assistimos a um movimento crescente por meio do qual o Estado vem transferindo à iniciativa privada a realização de funções que lhe são próprias, sem, no entanto, reduzir o preço cobrado em contrapartida pela sua (não) atuação. A saúde privada surge como alternativa ao SUS; as obras públicas são feitas por meio de parcerias público-privadas; organizações não governamentais sem fins lucrativos prestam a assistência social negada pelo Estado. Ou seja, a sociedade já não espera mais pela atuação estatal. No entanto, o mais paradoxal dessa realidade é que, em vez de falar-se em redução de tributos pela ausência da atuação estatal direta, fala-se, isto sim, em aumento da carga tributária. E os problemas, por exemplo, na segurança pública continuam graves e diante do exposto, pagamos um preço exorbitante ao Estado pela liberdade que já não temos mais. Enfim, se o tributo é o preço da liberdade, o certo é que esse preço não deve ser ilimitado, ao contrário do que parecem pensar nossos “ilustríssimos”  governantes.
Antônio Scarcela Jorge.

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