quinta-feira, 1 de setembro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2016

SCARCELA JORGE
COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

MAIS UM PODER INFORMAL.

Nobres:
Todo e qualquer governante precisa mostrar o que fez para reduzir a criminalidade, e a repressão é apenas a pequena e última parte é obvio que neste estado deprimente, com a corrupção não é diferente. Apesar de endêmica, e manjada retórica, não se pode dizer “sempre houve”. Ela atinge níveis elevadíssimos quando alguns fatores se acumulam, em especial, gigantismo das organizações, vultosos recursos financeiros, ausência de regras claras e objetivas, sensação de impunidade, falta de parâmetros nas transações. Nesse quadro, estatais e obras se destacam. As estatais reúnem os aspectos mais deletérios tanto das organizações privadas quanto das públicas. Elas não se submetem às “amarras” do setor público e se utilizam da liberdade de ação como se particulares fossem, mas não suportam a concorrência destas, não têm compromissos com a eficiência, colocam as indicações partidárias acima dos demais critérios, incham seus quadros de pessoal, permitem largo desperdício de recursos, são tomadas de assalto por todo tipo de interesses escusos e seus prejuízos são lançados nas costas dos contribuintes. Mas é ilusório pretendê-las eficazes e eficientes, afinal, não há razão alguma para que governos criem e mantenham estatais se não puderem, nelas e através delas, exercer seu poder político, em seu mais amplo sentido. As obras de infraestrutura neste país continental carregam aqueles fatores, mas um deles é crucial: a atual ausência de regras claras e objetivas no sentido de proteger ações  corruptas. O planejamento deficiente sempre foi marca do nosso presidencialismo. Se já há sérias deficiências nos projetos, o atalho É a “bíblia do corrupto”. Licitar, um jogo de sorte pra eles com o placar definido, e em seguida tão somente contratar e iniciar obras bilionárias sem um detalhado projeto executivo é uma aberração, incentiva a ladroagem que está deixando o poder, como era óbvio, tem respaldo em lei, aprovada no Congresso Nacional e sancionada pela presidência da República, feita especialmente para atos de corrupção em que a legislação seja objetivo para tal fim, o que vem acontecendo sistematicamente até nos últimos dias. Em tese é um expediente que buscou, exatamente, consagrar a ausência de planejamento e, assim, escancarar as portas para os “malfeitos” sendo coordenada por “lobistas” e que forma o novo dicionário de larápios gerando mais um poder formal entre poderes constituídos, para extirpar dos grandes males que assola este país e, que está enraizado nos escalões da república o governo deverá puni-los.
Antônio Scarcela Jorge.

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