quinta-feira, 20 de outubro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

INFLAÇÃO PRESENTE EM NOSSOS MEIO.

Nobres:
Embora o governo tente manipular as estatísticas enganando mais uma o povo abestado estimando uma falsa deflação as vistas da sociedade que padece em função dos sucessivos governos que agem por velha retórica regrada neste sorumbático País. Quem sai para comprar em qualquer mercadinho e feira da cidade, vê que os aproveitadores e irracionais praticam preços como forma de “roubar” este é o termo mais apropriado para se instar, em contrapartida a sana do nada para essas personagens. Não é só no setor, a gravidade da questão sofre profundas causas é a cultura de um povo aculturado.  Na tese científica dos economistas em termos globais é a inflação um dos problemas mais sérios hoje nas economias desenvolvidas. Não inflação alta, mas excessivamente baixa inferior à meta dos bancos centrais. Isso apesar do imenso estímulo monetário dos últimos anos e do uso recente de juros negativos. Já aqui, o problema é bem diferente, mas não menos grave. Há ao menos quatro razões para a queda de inflação pelo mundo. A primeira é o insustentável nível de endividamento de famílias empresas e bancos. Ela gerou a crise de 2008 e um lento processo de desalavancagem que mitigou o efeito dos estímulos monetários. A segunda é a queda das commodities, sobretudo petróleo, que impacta para baixo os preços dos demais produtos. A terceira está associada ao conceito de “estagnação secular” proposto por Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA: devido à demografia menos favorável e à queda da produtividade, os juros necessários para equilibrar poupança e investimento tornaram-se negativos. Se os BCs praticarem juros positivos, haverá falta de demanda e deflação. A quarta razão está ligada à China: o aparecimento de uma imensa massa de trabalhadores com salários baixíssimos numa economia globalizada permitiu a produção de bens a custos bem menores. EUA e outros países desenvolvidos internalizaram essa deflação junto com os produtos importados, e ela se transmitiu aos demais bens e serviços. O fenômeno da deflação é global e chegou ao Brasil, mas, mesmo assim, vivemos problema oposto. Temos dificuldade de trazer a inflação à meta apesar das elevações dos juros nos últimos anos. Avancemos o papel da confiança e das expectativas. Evidências estatísticas mostram que a manutenção de expectativas de inflação ancoradas na meta é ingrediente central para estabilizar a inflação. Quando a inflação permanece elevada e as expectativas se ajustam para refletir essa elevação, o combate à inflação fica muito mais difícil. O papel da inércia inflacionária. Dado o histórico de indexação alta, choques inflacionários demoram a se dissipar. Como a inflação tem se mantido alta, a inércia vem aumentando. E por último incide a questão fiscal. Os questionamentos acerca da sustentabilidade da dívida pública impactam o preço de ativos e elevam o risco dos títulos públicos, causando efeitos deletérios adicionais à inflação que terminam reduzindo o poder e a efetividade da política monetária. Enquanto o perigo de deflação nas economias avançadas pode perdurar, no Brasil o perigo da inflação deve ser atacado com rapidez dado o seu custo e o nosso histórico. A solução do imbróglio fiscal é o primeiro passo para acabarmos com o problema da inflação antes que ela acabe conosco.
Antônio Scarcela Jorge.

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