quinta-feira, 6 de outubro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 6 DE OUTUBRO DE 2016

SCARCELA JORGE







COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

ESTRELATO DA MENTIRA.
Nobres:
Existe um adágio popular que o povo em sua maioria acredita em mentiras e encaixa nesta premissa o PT e seu Deus líder da corrupção Luis Inácio Lula da Silva. Segundo ele, (Lula) e se pessoalmente convir, declarou no sábado, um dia antes das eleições, que as urnas são soberanas e o seu partido teria o dobro entre todos os partidos. A mentira do “grande chefe corrupto” se consolidou. Começou no “fundo do seu quintal” São Bernardo do Campo, o tal PT é tão grande (rrs) que seu filho Marcos LULA candidato a reeleição para o cargo de vereador não conseguiu se reeleger e obteve uma fragorosa derrota no seu quintal eleitoral o centro maior onde a corrupção impera.  A exceção da nossa aldeia o Ceará, só tem o olhar voltado para um grupo de “ignorantes” (boçais) que ainda comanda por enquanto as forças alugadas do Estado. No computo geral do País, o grande PT! neste momento amarga derrotas; entre as capitais brasileiras, o PT só conquistou Rio Branco (AC) e foi para o segundo turno em Recife (PE), tendo amargado derrotas especialmente dolorosas, como em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad perdeu já no primeiro turno para o tucano João Dória Jr. Em Porto Alegre (RS), tradicional reduto da esquerda, Raul Pont manteve a segunda colocação nas pesquisas até o fim de agosto, mas perdeu fôlego e terminou fora do segundo turno, em terceiro lugar.Assim, opera-se uma mágica curiosa, especialmente nas mídias sociais e em comentários na imprensa. Até o último sábado, para parte da esquerda e seus defensores na academia e em outros ambientes, o voto popular era tão soberano que constituía até mesmo uma carta branca que legitimava crimes de responsabilidade e outras maracutaias – o “respeito aos 54 milhões de votos” não era o grande mote dos defensores de Dilma Rousseff? Mas, depois do domingo, o mesmíssimo voto popular passou a ser a expressão máxima do atraso, do conservadorismo provinciano, do “ódio das elites”... como os eleitores de 2014 são praticamente os mesmos de 2016, parece que estamos diante de um entendimento muito peculiar de “democracia” e de “respeito ao voto”, que só existem quando a esquerda vence. Mas, se o partido cuja cúpula deu origem à “propinocracia” murchou eleitoralmente, com seus candidatos recebendo apenas 6,8 milhões de votos (outra queda de 60% na comparação com 2012, quando teve 17,3 milhões de votos), para onde foram todos esses eleitores? 
A julgar pela votação total de partidos como PDT, PSB ou PPS, que não tiveram grandes variações em seu desempenho considerando-se o total de votos recebidos, a esquerda mais tradicional não se beneficiou da derrocada petista. Mas tampouco isso ocorreu com a extrema-esquerda. Luciana Genro, do PSol, liderou as primeiras pesquisas em Porto Alegre para terminar em quinto lugar. A única – mas notável – exceção foi o Rio de Janeiro, que levou para o segundo turno Marcelo Freixo, também do PSol, um apoiador de black blocs que só resolveu moderar o discurso após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, em fevereiro de 2014 (episódio, aliás, em que o nome de Freixo apareceu ligado a um dos acusados pela morte). Mesmo com a votação de Freixo, no entanto, o PSol perdeu eleitores entre 2012 e 2016, caindo de 2,4 milhões para 2,1 milhões de votos em todo o país. Especialmente para o PT, o momento pede uma autêntica autocrítica. Seus líderes cultivaram, por anos, o hábito de buscar culpados externos para tudo de errado que ocorria em seus governos. Os grandes nomes do partido que acabaram atrás das grades eram aclamados como heróis. Essa postura jamais passaria incólume em um país que tem demonstrado menos tolerância com a corrupção, elevada pelo lulopetismo a níveis nunca antes vistos neste país. Se quiser assumir o papel de esquerda comprometida com a democracia e a lisura no trato da coisa pública, o partido precisará rever todas essas práticas que cobraram seu preço no domingo, se não, desaparece em termos de legenda partidária.
Antônio Scarcela Jorge.

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