domingo, 22 de janeiro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - DOMINGO, 22 DE JANEIRO DE 2017

SCARCELA JORGE








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

RESTRINGIR FEMINICÍDIO COM POLÍTICAS PÚBLICAS DE QUALIDADE PARA MULHERES.

Nobres:

Ocasionalmente apresentamos em debate em emissora de rádio (Rádio Vale FM) sobre a questão que envolve em sua plenitude e, mais direcional incorrer as políticas públicas como referência natural nas suas atribuições. Neste sentido vem de encontro a cultura machista e patriarcal é fator determinante para que o Brasil esteja entre os países que matam mais mulheres  no mundo por sua condição de gênero. Para mudar essa realidade foi necessário criar mecanismos a fim de democratizar o estado brasileiro em favor dos direitos das mulheres, como as secretarias municipais, estaduais e federal de políticas para as mulheres. Essas estruturas são a resposta do Estado à assimetria de gênero e, por isso, devem ser fortalecidas pelo governo federal. O Brasil é um país com mais de 200 milhões de habitantes, 52% mulheres, signatário de acordos internacionais de ações pró-direitos das mulheres, com marco legal avançado e reconhecido internacionalmente para o enfrentamento da agressão, como a Lei Maria da Penha que criminaliza a violência doméstica e familiar e a Lei do Feminicídio, que tipifica  o assassinato de mulheres por razão de gênero, em crime hediondo. Isso demonstra o quanto é desafiador reverter esse quadro. Para tanto, se faz necessário chamar a sociedade para um novo pacto civilizatório, onde homens e mulheres possam conviver com respeito e dignidade. Nesse sentido, é urgente fortalecer a Secretaria Nacional de Políticas para as mulheres, hoje, um apêndice do Ministério da Justiça, como protagonista do Plano Nacional de Segurança, para garantir que se considerem as experiências dos estados e não incorrer em propostas como  a ampliação das Patrulhas Maria da Penha de forma isolada. Um Plano de Segurança sustentado em ações repressivas e punitivas e que delegue a responsabilidade unicamente ao sistema clássico de segurança e justiça, por si só, não terá êxito, uma vez que a violência contra a mulher se estrutura numa cultura que precisa e pode ser mudada.
Antônio Scarcela Jorge.

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