terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

MISSÃO PRELIMINARMENTE CUMPRIDA









DELEGADO QUE INICIOU A LAVA JATO DEIXA INVESTIGAÇÕES NO PARANÁ.

Márcio Anselmo disse em carta enviada à PF que está 'esgotado'.

Corporação da Polícia Federal disse que delegado aceitou convite.

O delegado da Polícia Federal (PF) Márcio Adriano Anselmo, que é um dos responsáveis pelas investigações que deram início à Operação Lava Jato, vai deixar os trabalhos para assumir um posto de investigação em uma Corregedoria da Superintendência Regional Polícia Federal no Espírito Santo. A informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Federal.

Márcio Anselmo encontra-se em missão no Espírito Santo, mas ainda deve voltar ao Paraná para concluir alguns trabalhos que estão pendentes antes de se desligar totalmente das investigações da Lava Jato, conforme a PF.

Ainda de acordo com a corporação, a saída do delegado se deu por um convite feito pelo Superintendente da PF no Espírito Santo.

Em uma carta enviada à PF, Marcio Anselmo disse que pediu o desligamento por esgotamento físico e mental causado pelos mais de três anos que esteve à frente dos inquéritos da operação.

"Importante frisar ainda que minha saída do grupo não me impede de continuar auxiliando nos trabalhos com toda a expertise adquirida ao longo desse período, notadamente no momento em que diversas unidades da federação tem recebido investigações desmembradas da Operação Lava Jato", disse Márcio Anselmo.

No sábado (11), a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal publicou uma nota informado que delegados de Polícia Federal de todo o Brasil se reuniram em uma assembleia e decidiram solicitar ao presidente da República Michel Temer a mudança do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, e a indicação de um novo diretor-geral.

A assembléia teve a aprovação de 72% dos delegados presentes, ainda de acordo com a associação.


"Os Delegados da PF entendem que a atual Direção-Geral não vem atendendo às necessidades do órgão e que a sua constante omissão vem causando o enfraquecimento da instituição, pois não promove o apoio devido àqueles que se dedicam às grandes operações, nem aos que estão a cargo das investigações rotineiras, resultando em um clima geral de insatisfação e indignação de centenas de Delegados que dedicam suas vidas ao trabalho policial, tão admirado por todos os brasileiros".

Em razão da falta de apoio da Direção-Geral da Polícia Federal, diversos delegados federais que coordenavam operações policiais foram deslocados para outras áreas e locais, devido ao esgotamento físico, mental e operacional a que são submetidos.

"Registre-se que essa situação de abandono institucional não ocorre em nenhuma outra instituição que participa diretamente das investigações criminais, como o MPF e a Justiça Federal".

A associação dos delegados apresentou, na mesma nota, o currículo de três delegados de polícia federal, de classe especial, escolhidos pela categoria para ocupar a direção-geral da instituição.

Fonte: G1 – PR.

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