domingo, 16 de abril de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - (2) DOMINGO DE PÁSCOA - 16 DE ABRIL DE 2017








COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

O FANTÁSTICO MUNDO DA CORRUPÇÃO BRASILEIRA.

Nobres:
Mesmo sendo natural que os políticos corruptos que tomaram conta dos poderes do país não têm limite, acreditamos o mundo é infinito colimado com estas ações. Neste sentido iremos rememorar a mente curta do povo brasileiro, especialmente aos que interage a corrupção como principal elemento da vida. As delações colocam contra a parede o núcleo duro do governo do presidente Michel Temer (PMDB), com nove ministros sob investigação. Ministros importantes para o presidente, como Eliseu Padilha e Moreira Franco passam a responder inquéritos no STF, assim como o alto escalão do Congresso Nacional, incluindo os presidentes da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e do Senado Eunício Oliveira (PMDB), o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB), entre outros. Ex-ministros dos governos Lula e Dilma, assim como os dois ex-presidentes, também são citados nos depoimentos que vieram a público. Marcelo Odebrecht relata, por exemplo, encontros com a ex-presidente Dilma e ministros do alto escalão do governo petista, além de uma série de benefícios em favor do ex-presidente Lula. Benfeitorias no sítio em Atibaia, repasses ao Instituto Lula, pagamento por palestras, mesada para o irmão de Lula e outros “favores” são detalhados pelos executivos da maior empreiteira do país. A teia de corrupção da Odebrecht mostra que a empreiteira tinha influência em obras públicas federais, estaduais e até municipais, além de leis aprovadas no Congresso Nacional. Uma relação promiscua com políticos de todas as partes do país, independente de cor partidária. Até o momento a Lava Jato havia escancarado um grande esquema de corrupção dentro da Petrobras. As investigações da força-tarefa mostraram que as grandes empreiteiras do país se uniram em um cartel para obtenção de obras na estatal e parte do dinheiro ganho através dos contratos era repassado a agentes públicos e ajudava a financiar campanhas políticas. A partir dos depoimentos que vieram à tona nessa semana, porém, ficou claro que a Petrobras não foi a única atingida pelo escândalo. Através dos depoimentos é possível identificar uma lista de dezenas de obras públicas em pelo menos 16 estados brasileiros em que houve irregularidades, espalhadas de norte a sul do país. O ex-ministro Paulo Bernardo, por exemplo, teria cobrado propina para beneficiar a Odebrecht em uma obra cujo contrato correspondia a R$ 323,9 milhões. A obra em questão é a construção da linha 1 da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb ), na ligação entre Novo Hamburgo e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. O deputado federal Marco Maia (PT-RS) e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha também teriam cobrado propina pela obra.  Os delatores também detalham como a Odebrecht conseguiu aprovação pela Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) da aquisição de participação em uma torre comercial e shopping center no empreendimento “Parque da Cidade”, na capital paulista. Um inquérito aberto pelo ministro Edson Fachin no STF investiga o ex-ministro Guido Mantega, os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e João Carlos Bacelar Filho (PTdoB-SP), além do ex-deputado federal Cândido Vaccarezza por terem recebido propina da Odebrecht no caso. As obras públicas não eram o único interesse da Odebrecht no relacionamento construído com políticos em Brasília. Políticos de 13 dos 27 partidos que compõe o Congresso Nacional passaram a ser investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por terem recebido recursos ilegais em campanhas eleitorais.  Parlamentares de três partidos políticos – PSDB, PMDB e DEM – foram citados em inquéritos abertos no STF por terem supostamente sido beneficiados pela empreiteira como contrapartida por atuação para aprovação de medidas provisórias de interesse da Odebrecht no Congresso Nacional. “Mesmo que o compromisso não tivesse sido acertado explicitamente na hora, é óbvio que se um deputado ou senador atuou em favor de uma medida provisória, mesmo que ele não tenha dito que demandaria um recurso por conta daquela medida, criou uma expectativa. E lá na frente ele ia cobrar”, disse Marcelo Odebrecht em um dos depoimentos. “Mesmo que você não tenha fechado o compromisso na hora, você tem um compromisso moral e o cara criou uma expectativa”, completou. Mesmo que o compromisso não tivesse sido acertado explicitamente na hora, é óbvio que se um deputado ou senador atuou em favor de uma medida provisória, mesmo que ele não tenha dito que demandaria um recurso por conta daquela medida, criou uma expectativa. E lá na frente ele ia cobrar. O patriarca da empresa, Emílio Odebrecht, relata, por exemplo, a pressão que fez para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assinasse a MP da Leniência. A proposta mudaria as regras dos acordos de leniência abriria a possibilidade de celebração de acordos diretamente com a Controladoria-Geral da União, sem obrigatoriedade de participação do Ministério Público. Rodovias, obras no metrô, construção de usinas, obras de saneamento, estádios, portos e aeroportos estão na grande lista de obras mencionadas pela Odebrecht que geraram algum tipo de contrapartida a políticos. Em 2012, por exemplo, a Odebrecht doou para a campanha de dois candidatos a Prefeitura de Porto Ferreira, em São Paulo, com o objetivo de conseguir um contrato de concessão de água e esgoto no município. A então candidata Renata Braga (PSDB) teria recebido R$ 100 mil para a campanha e o candidato Saldanha Leivas Cougo (PT), R$ 200 mil. O caso foi remetido à Procuradoria Geral da República em São Paulo para investigação. “A estratégia era financiar todos os potenciais ganhadores, inclusive na mesma campanha”, observa o cientista político da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Fabrício Tômio. “Mostra que é uma estratégia da empresa, não parece que ela tenha sido coagida a fazer isso”, completa. O governo PT não foi o único atingido pelas delações da Odebrecht. Os depoimentos atingiram os cinco ex-presidentes da República vivos: Dilma Rousseff (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Fernando Collor (PTC) e José Sarney (PMDB). A delação também atingiu 12 governadores entre eles, o do Paraná, Beto Richa (PSDB). Os executivos também delataram caixa dois para diversas campanhas à Presidência da República, incluindo os candidatos eleitos Lula e Dilma Rousseff, do PT e o tucano Fernando Henrique Cardoso. Aécio Neves, José Serra e candidatos “nanicos” também teriam recebido repasses, segundo os delatores. “O que nós temos no Brasil não é um negócio de cinco anos, dez anos. Nós estamos falando de 30 anos”, disse Emílio Odebrecht. “Os partidos colocavam seus mandatários com a finalidade de arrecadar recursos para os partidos, para os políticos. E isso é há 30 anos que se faz”, completou o patriarca do grupo. Ainda dizem que bandidos entre eles o Lula nada tem que comprove a sua honestidade e de sua santidade, cruz credo!
Antônio Scarcela Jorge.

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