quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 2017

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge
POLÍTICAS SOCIAIS COM DÉBITOS RECÍPROCOS

Nobres:
Se muitos acham que o Brasil está sendo passado a limpo, vamos em frente. Sujeitemos “puxar três grandes “caixas pretas” que, a exemplo da Petrobras, poderão revelar-se grandes parceiras das ações escusas entre governos e instituições privadas: corporações religiosas, instituições de ensino e hospitais filantrópicos, bem como grandes clubes de futebol esta é a verde nua e crua. Os participantes desta linha de interesses e de enganação; claro, que não gostar, restamos mandar as favas e ou então, desafiamos, dêem uma resposta convincente desde que não usem o “manto da enganação. As pessoas sérias e patrióticas que fazem parte dessas entidades decerto não se sentirão ofendidas e até gostarão da idéia, porquanto permitirá “separar-se o joio do trigo”. O que há de comum entre esses tipos de instituição é o fato de praticamente não pagarem impostos, seja por imunidade tributária ou mera sonegação, seja por deterem uma força eleitoral imensa. Com efeito, amplamente representadas por grandes bancadas no Congresso Nacional, têm seus interesses tão bem defendidos, que se tornaram quase intocáveis. Certo que a representação popular estabelece o esteio de democracia ampla geral e dos direitos e mais direitos contempla o povo com esses desacertos. Desta forma ocorre que, diante do déficit fiscal brasileiro, na atualidade, entravando e ameaçando o crescimento sustentável da economia, bem como da nova ordem moral que se pretende no país, seria mais do que oportuna uma ampla investigação, para verificar, antes de tudo, se os objetivos sociais em nome dos quais esses benefícios têm sido concedidos estão de fato sendo alcançados. Isso se aplica principalmente aos hospitais e instituições de ensino superior, considerados beneficentes e, por isso mesmo, dignos de gozar dessas regalias fiscais. Entretanto, é imperioso questionar-se: qual a contrapartida que os hospitais filantrópicos oferecem ao país quando atendem pacientes privados ou de planos de saúde? Onde está a beneficência? E, quanto às faculdades ditas filantrópicas, que prejuízo o estado e a sociedade teriam se tais entidades passassem a recolher normalmente seus impostos? Nos dois casos, importa saber-se: para onde vai o lucro exorbitante dessas instituições, resultante da concorrência desigual com hospitais e faculdades privadas, com tributação plena? Mas será mesmo que também as “indústrias da fé” devem continuar livre de tributação? Quanto aos clubes de futebol, a questão parece ser menos de privilégio tributário do que de desvio e sonegação mesmo. Se uma investigação do FBI resultou em prisão de autoridades da FIFA e da CBF, por desvio astronômico de recursos, imagine-se o que revelaria uma devassa nos grandes clubes do Brasil, que têm faturamento milionário e que dão sustentação política e financeira a tais entidades. O hábito, porém, de não encararmos de frente os nossos problemas e desafios, incluindo-se temas considerados proibidos, continua atrasando  o nosso desenvolvimento e perpetuando injustiças absurdas.
Antônio Scarcela Jorge.

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